Sunday, May 31, 2009

Legalizacao da prostituicao?_Legalising prostitution?


A legalizacao da prostituicao eh sem duvida um dos maiores debates correntes em muitas sociedades. Para muitos o debate existente, eh entre as famosas trabalhadoras do sexo e os defensores da moral (maioritariamente religiosos), onde lideres governamentais e lideres dos direitos humanos actuando como mediadores, existem somente pra proteger os direitos do cidadao. Eu, nao acredito que o debate deveria estar centralisado em quem concorda ou discorda, e por isso peco ao caro leitor que perdoe a minha audacia ao dizer: EU DISCORDO COM A LEGALIZACAO DA PROSTITUICAO.


A prostituicao eh um topico muito sensivel pra muitos, como uma mulher comum, uma jovem, uma futura esposa e mae, a imparcialidade das minhas palavras se compromete pela vontade de fazer valer o meu ideal contra todas as mulheres quem arrancam os maridos das outras, que passam doencas como o HIV/SIDA a terceiros, que oferecem o seu corpo a qualquer homem em troca de dinheiro e outros favores. Eh muito triste esta realidade e eh muito dificil nao repudia-la, particularmente, pra quem teve a oportunidade de crescer com pais e irmaos presentes, com comida na mesa, de concluir o ensino superior sem ter de bater diferentes portas. Este eh o meu ponto de vista pessoal, e embora moldado de sentimentos alheios a realidade destas mulheres nao eh completamente baseado em uma inocencia discriminante, mas em factos que pretendo apresentar em minha defesa.


Fala-se em legalizar a prostituicao em Mocambique, fala-se em legalizar a prostituicao na Africa do Sul (onde agora resido, como uma estudante graduada do ensino superior), e portanto, especificamente tendo em conta o mundial de 2010 que se aproxima, usarei o caso da Africa do Sul em defesa dos meus argumentos.


O governo Sul Africano defende a legalizacao da prostituicao para o mundial de 2010, usando em sua defesa o facto da prostituicao ter sido legalizada no mundial decorrido na Alemanha. No seu ponto de vista, a legalizacao da prostituicao, nao so reduzira o numero de violacoes sexuais e a ma fama que a Africa do Sul tem internacionalmente devido a tal, visto que o accesso a mulheres para pratica sexual sera legal, mas tambem, o acto nao sera mais praticado no mercado negro, trazendo mais taxas ao governo, assim facilitando a ajuda a aqueles que nao trabalham. Este ponto de vista desenrola-se de uma forma quase que como se fosse em defesa dos direitos destas mulheres, mas para um bom leitor, meia palavra basta, e a palavra taxa deveria dizer o suficiente.


O meu argumento: Se a intencao eh resolver um problema e nao aproveitar uma oportunidade, porque nao investigar o real problema e ao indentificar a verdadeira causa fazer esforcos para a eliminacao de base. A Africa do Sul eh um dos Paises com maior indice de infectados de SIDA, com maior propagacao, para alem do alto nivel de violacoes sexuais e agora sexo de troca (nos dias de hoje muito praticado nas Universidades, onde pais de familia e empresarios praticam sexo com jovens em troca de comida, roupa e diversos). Se o estado estivesse realmente preocupado com estas mulheres que se entregam a prostituicao, o mundial nao seria o seu maior motivador, e tao pouco a sua maior preocupacao seria como lucrar desta oportunidade. O governo deveria pensar o que leva estas mulheres a se entregarem a tal vida, porque existem tantas criancas e jovens vendidas a prostituicao ate pelos proprios pais. Ao enves de puni-las, prende-las, o governo poderia estudar maneiras de inseri-las melhor na sociedade, arranjando opcoes alternativas. Legalizar a prostituicao nao ajudara estas mulheres a serem mais aceitas pelas outras mulheres e nem pelas suas familias como decentes trabalhadoras. Eu poderia continuar a escrever em defesa do meu argumento, com ideias religiosos (porque eu sou religiosa), pontos de vista de lideres de diferentes partidos, governos e religioes que se opoe a legalizacao da prostituicao, mas o facto mantem-se, este nao eh um caso de quem concorda ou discorda, mas sim do que se pode fazer pra evitar e o que se pode fazer para melhorar a vida destas mulheres, e todos nos juntos podemos exigir que elas sejam tratadas como seres humanos sem que para isso a prostituicao seja legalizada.


Juscelina Guirengane

Monday, May 18, 2009

Porquê Obama escolheu o Ghana?


O mundo foi apanhado de surpresa pela escolha do Ghana como única nação a ser visitada pelo presidente americano Barack Obama na sua próxima digressão pelo mundo.

Eu acredito que a passividade registrada nas eleições decorridas este ano e também as exemplares reformas governativas implementadas no país foram chaves na escolha. Lembrar que o Ghana foi pioneiro nas independencias Africanas e agora posiciona-se como pioneiro em governação transparente em África.

A reputação do Kenya foi manchada pela violência eleitoral do ano passado e pelos conflictos registrados pelo governo de unidade nacional no poder.

O “All Africa” aborda o mesmo assunto “… Varios jornais de Washington a Pretoria indagam sobre a razão da preferência do Ghana em relação ao Kenya, o País de origem do seu pai …”.

Democratic pluralism in Mozambique and my Mozambicanism


It has been a while since I last posted in this blog, and spit through the keyboard my latest thoughts with regards to the development of our beloved Nation, so I come back with a topic that is both current and interesting, the electoral process that will take place this year.
Going forth I have decided to post both in English and Portuguese, in order to broaden the number of people who can get feed from my discourse.
A number of blogs and news agencies have already expressed their preferences for this or that political party, and their respective electoral manifestos and/or political and social visions. I shall not be the last in line, hence I will shout out loud enough that I am a sympathiser and member of the multiparty party. I am of the opinion that a multiparty system in the election and consequently in parliament (God willing) can bring positive consequences for the country in the long run.
As our parliament (commonly known as noisy kindergarden) matures with time and hardwork, we can hope for, in the near future/or not, the generation of legislation that tackles and responds to the real needs of the electorate. However in order to materialise that we have to cry out aloud, “the parliament is a servant of the people and not the contrary.
In a number of times independent voters and/or pro-multiparty individuals are considered to stand against this or that party. How can such absurd statement mirror the reality? Can the antonym be in the same dimension with the reflection? If one is a pro-multiparty system individual, can he/she be against parties?!!! I am politically neutral, and open to electoral dating games. My vote is not a given, if one wants it, he/she will have to strive to gain it through real, positive and pro-development electoral promises.
I am pro-choice and believe that Frelimo can offer poverty-fighting solutions that Renamo, the MDM and IPADE don’t, and vice-versa. I believe that unity creates synergies and that political extremism and inflexibility is not positive for the country. Hence political parties and individuals should be willing to listen to people that don’t always agree with them, if they are to squash the nightmares that affect Mozambique. Political parties have to cease playing political games as if they were standing at the edge of enemy lines, and instead take a preponderant role of political adversaries willing to show their abilities by generating policies that deliver on the needs of the electorate and also willing to work together for the benefit of the country towards the irreversible development of the Mozambique.
It is my understanding that so far four (4) political parties have indicated that they will be part to the next general election, namely Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Instituto para a Paz e Democracia (IPADE), Movimento Democrático de Moçambique (MDM) and Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). I hope that other parties join this national race and spread the political power, so that the parliament becomes a broad-based representation of the will and needs of the people and not based on mere political or economic theory.

O pluralismo partidario em Moçambique e o meu Moçambicanismo


Depóis de algum tempo sem desdobrar-me por estas linhas tecládicas e patentear o meu sentimento no concernente ao desenvolvimento da nossa Nação, volto para tocar num tema que é corrente e interessante, as eleições previstas para este ano.

Varios blogues e agências noticiosas já começam a identificar-se com este ou aquele partido político, e com os seus respectivos manifestos eleitorais e/ou visões políticas e sociais. Eu não perderei tempo e portanto digo de voz alta que sou do partido do multipartidarismo.

Acredito que o multipartidarismo nas eleições e consequentemente (Deus queira) no parlamento irá beneficiar a Moçambique imensamente, a longo prazo.

A nossa escolinha do barulho vai amadurecendo com tempo e cravo, podemos esperar num futuro breve/ou não, que os membros do parlamento produzam legislação que responda as necessidades do eleitorado, mas para tal temos que fazer a nossa voz soar bem alto gritando, “o parlamento é servidor do povo e não o contrário”.

Muitas vezes eleitores independentes/ e ou pro-multipartidarismo são acusados por este e/ou aquele partido ou partidario de posicionarem-se contra este e aquele partido, mas como pode tamanho absurdo repercutir o real? O antónimo ser na mesma dimensão o reflexo? Se és pro-multipartidarismo, és contra o partidarismo?!!! Eu sou neutro partidariamente, e aberto aos namorismos eleitorais. O meu voto não está garantido, quem o quiser terá que o ganhar, com promessas reais, positivas e pro-desenvolvimento.

Eu sou pro-escolha e acredito que a Frelimo oferece soluções que a Renamo, o MDM e o IPADE não oferecem, e vice-versa. Acredito que a união faz a força e portanto extremismo político/ inflexibilidade política não beneficia o País. Uma abertura a opiniões contrárias abre portas para uma imensidão de soluções. Temos que aprender a ouvir aos nossos adversarios. Então os partidos políticos tem que deixar de jogar o papel de inimigos e começar a tomar um papel preponderante, o de adversários políticos dispostos a ilustrar a sua capacidade de geração de politicas beneficiárias ao eleitorado, e dispostos a trabalhar em comunhão rumo ao desenvolvimento irreversível de Moçambique.

Acredito que até aqui quatro (4) partidos politicos tenham manifestado intenção de concorrer no próximo pleito eleitoral, nomeadamente a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), o Instituto para a Paz e Democracia (IPADE), o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Espero que outros partidos entrem para a corrida nacional e dispersem o poder politico, de modo a que o parlamento reflicta opiniões diversas baseadas na realidade nacional e não em teórias políticas e/ou económicas.

Espero que as nossas eleições sejam caracterizadas por alegria, paz, transparência e Moçambicanidade, tal como pleitos semelhantes ocorridos no Ghana e África do Sul.