Friday, February 6, 2009

Porquê eu não concordo com o implementar da "Integração Regional e Continental"


Os mais pragmaticos já pegaram o titulo em epígrafe e deram uma interpretação intransigente, de caracter austero. "Mas como podes tu não concordar com a integração regional? Mas como pode? Ainda não aprendeste que a partilha é a melhor arma contra o retrocesso?" Mas a esses eu digo, por favor volte a ler o titulo em epígrafe, eu disse que não concordo com a maneira como tal integração estar ser implementada. ALÔ, estas surpreso, a intregração regional já começou, ele já estar a ser implementada, ele afecta a minha, tua, nossas vidas e nós nem estamos informados, e muito menos fomos consultados.

Esta integração regional ainda irá dar muita bronca, porque os governos africanos estão a ignorar a sua população intelectual. Esta não é uma integração participativa, é uma integração impositiva (Imposta e não positiva – lol, inventoriar palavras).

A UEM é dos melhores exemplos dos factores negativos da integração nacional. Muitos intelectuais Moçambicanos estudaram fora do País e eles entendem como o sistema de educação internacional e/ou regional funcionam. Mas mesmo assim são ignorados. Muitos Moçambicanos estudaram na UEM e conhecem muito bem os cantos da casa, e sabem o que pode e o que não pode funcionar no País, e estes tambem não foram/são consultados.

O comunismo em Moçambique falhou porque tentamos impôr teorias euro-orientais em África. Alô, Moçambique não é África do Sul, Botswana e Zimbabwe. Nós temos os nossos positivos e os nossos negativos. Então porquê não envolver a sociedade civil na integração regional.

Conheço muitos estudantes e educandos que não entendem o processo de integração da educação regional – vantagens e desvantagens.

Conheço muitos comerciantes e mukeristas que nunca ouviram falar da integração económica regional, e os que já ouviram não a entendem. Parece que vamos abrir o nosso mercado para o estrangeiro, mas como é que nós também tiramos proveito da economia deles.

Um País que pretende colher frutos de uma integração regional envolve os seus cidadãos no processo, cria condições para que estes tirem vantagem máxima do projecto e não os deixa a sorte.

Integração económica regional envolve a transferência de lucros do Estado para os cidadãos. Aquela taxa de fronteira que nós cobravamos ao cidadão estrangeiro é transferida para o cidadão viajante que já não tem que pagar nada para entrar no País vizinho. Aquela taxa alfandegaria que pagavamos para trazer um produto para dentro do País agora fica nos nossos bolsos. Mas o Fabião, a Ana e o Carlos não estão informados.

A integração académica regional envolve o melhoramento e alinhamento do sistema de educação, mas tal não se faz do dia para noite. Há uma migração curricular lenta e participativa, nem o Euro foi implementado do dia para a noite.

Do mesmo jeito que Moçambique pega um pouco do sistema educativo da região, eles tem que pegar do nosso.
"Que a integração regional seja uma parceria de iguais"

Nos próximos suplementos irei discutir a integração económica que é a minha area forte.

4 comments:

  1. Aqui estás a tocar tudo o que me preocupa quando algo se pretende introduzir em Mocambique ou em África. O cidadão comum é ignorado, mas no fim, é ele que paga muito caro. Tem-se medo de quê? ´

    É só ver essa integracão regional ou a dita União Africana essa que agora tem em frente um ditador.

    Temos que resistir contra essa marginalizacão.

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  2. Sem duvidas uma questao que temos que abordar com bastante euforia porque so a forca de vontade nos fara vencer esta guerra pela autodeterminacao. Se nos nao forcarmos a nossa participacao na integracao regional seremos deixados de fora. Thanks pelo comment,

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  3. E de plausir o k escreveste, mas somos poucos os que pensamos que e realmente nosso direito estar por dentro de tudo que se passa a nossa volta e somos menos ainda os que acreditamos que devemos e podemos fazer algo.

    Por fim, os nossos governos se aproveitam da nossa ignorancia sobre como abordar tais assuntos e exigir nosso direito como povo, o "direito a informacao".

    A minha pergunta eh, sera k nos como cidadaos comuns mas educados e cientes do que se passa, podemos realmente fazer mais do que reflectir e descordar no nosso meio academico?

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  4. Tens razao Joy, os instrumentos em nosso poder sao excassos, nos so temos a caneta e o papel, o teclado, a motherboard e o monitor ... mas podemos gritar bem alto ... talvez nos vejam!!!
    Thanks pelo comment

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